terça-feira, 3 de março de 2009

Tempo, senhor do seu criador.

O tempo não existe! O tempo é uma invenção do homem.
Mas nada resiste a esta invenção. Nada? Errado. Somente o homem não resiste. Todo o resto sempre resistiu. Vou contar como tudo (deve ter) aconteceu.
Apesar de ainda não ser inventado, eu me contradigo e digo, o tempo já existia. O tempo era um andante solitário espacial. O universo seguia (como segue até hoje) sua ampliação, formando galáxias e sistemas solares, formando planetas. Ah! Os planetas. Eles são uns ingratos!!! A maioria dos que eu conheço vivem num conflito interno, eles com eles mesmos. Uma turbulência tão grande que nem prestam atenção no tempo.
Até que um planetinha (que não é planeta anão – tadinho de Plutão) chamado Terra encontra a paz interior e então passa a desenvolver o que chamamos de vida.
O tempo sente que é o momento, que agora será reconhecido mas... nada acontece. Nada? Nada. A malha verde que cobriu todo o planeta nem sente que nasce, cresce, reproduz e morre. Montanhas de terras unidas nem sabem quando começaram a se separar. E os animais que ali existiam faziam tudo por extinto, não era nada programado ou cronometrado.
O tempo não estava feliz. Mas o tempo é paciente e viu um animal se destacar, evoluir de forma diferente dos outros. Era o homem que nascia. O tempo não criou o homem, mas quando o homem evoluiu ao ponto de raciocinar, guardar e passar informações e claro (talvez principal) manipular o fogo, eles fizeram a pergunta que mudaria suas vidas “Quando?”. No momento em que esses homens responderam esta pergunta estava oficialmente criado/inventado o tempo.
Desde então, o tempo nunca mais foi esquecido. Vivemos em função dele. É um tal de tempo que passa rápido, ou então passa devagar. Tudo é agendado, programado e cronometrado.
O tempo que existia e não era notado, foi inventado e agora comanda a vida do seu “inventor”. É a velha história da criatura que se tornou mais forte que o seu criador.
O homem é escravizado pelo tempo. Pelo menos é o que eu acho.
Ih... que horas são agora? Duas da manhã? 5 horas para eu descansar? Pouquíssimo tempo.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Brasil tem um voz, Carlos Nascimento

Carlos Nascimento é muito fera mesmo! O âncora do SBT não tem o rabo preso e é bonito de ver e ouvir seus comentários.
Hoje, o SBT Brasil veiculou uma matéria sobre o aumento do crime de latrocínio em todo o Brasil, principalmente na grande São Paulo. Para ilustrar a reportagem, o repórter (um bonitão, que até já participou do qual é a música) entrevistou um rapaz que perdeu a esposa, vítima desse crime hediondo. E e a mulher foram abordados por 4 homens armados quando voltavam para casa depois de uma aula de dança. Um dos bandidos se assustou com o movimento do casal, que já estavam com mãos levantadas, e atirou.
Para dar credibilidade à matéria, o repórter procurou as autoridades paulistas e estas informaram alguns dos motivos desse aumento terrível. Entre violência, falta de educação e desemprego apareceu: reação da vítima. Eu, telespectadora, fiquei indignada com aquilo e pensei: "esse militar nunca foi assaltado na vida". Mas o que eu poderia fazer? Ir dormir enfurecida? Talvez sim caso eu tivesse visto a matéria em outro canal, com outro âncora.
Mas felizmente, vi com ele, o Nascimento.
Quando terminou a matéria, ele já encarava a câmera e eu senti: É agora que minha indiganção vai ganhar voz. Não deu outra.
Nascimento fuzilou!!! "... além de perder a vida, perder o seu ente querido, a vítima ainda é culpada pelo crime?..."´
Bom, como o SBT Brasil não tem a matéria no site, nem o vídeo.... só consegui lembrar do finalzinho do esculacho "à Nascimento". Uma pena, pq era um comentário para ser colocado na íntegra.
Nascimento, vc é a nossa voz no Brasil.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Que Beijinho doce...

O final de A Favorita, a novela das 08:00h que começa às 09:00h, foi surpreendente. Confesso que esta semana acompanhar a novela foi um saco! Esticou demais, valorizou demais e, mesmo hoje, no último capítulo, não asssti a quase nada. Não vi a discussão ente Donatela e Flora na casa do Guarujá, não vi o Zé Bob levando o tiro da Flora, não vi quem atirou na Flora... só vi as duas últimas partes do capítulo final: Cassiano dispensando Lara e esta procurando Halley, Irene e Copoloa, a Catarina partindo para a Argentina, etc., etc.
Mas a novela terminando com Donatela comentando com o marido repórter que Flora "era uma criança tão linda..." e a cena cortando para a infância das duas foi o máximo! Para quem conseguiu enxergar algum tipo de mensagem foi sublime.
Flora admirava Donatela que era a líder das duas... Quando Donatela diz que não quer mais brincar de pintar bonecas, Flora pergunta do que então Donatela queria brincar, a qual lhe responde: "...de cantar..."
Ando meio emotiva e confesso que lágrimas inundaram meus olhos quando vi as duas meninas de mãos dadas cantando "que beijinho doce" - nem sei se é este o nome mesmo da música.
E meu coração apertou quando Flora parou de cantar e disse: "Nossa, Donatela! Vc canta tão bem (ou tão bonito, não me lembro)! Vc é a minha favorita!". E então continuam cantando.
Foi muito bonito. E aprendi, vejam só, aprendi vendo o final de uma novela global que, às vezes, perdemos grande amizades, verdadeiras amigas porque não resolvemos da maneira correta algum problema. Então passam a nos odiar, ou até mesmos nós é quem passamos a odiar a elas, quando na verdade o que mais desejamos é um abraço, é um perdão.
Temos vergonha de pedir desculpas, assumir um erro, sei lá, tantas coisas.
Bom, o que importa é que foi um final diferente. Gostei muito e parabéns ao autor João Emanuel Carneiro.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Vc acha ou tem Certeza?

O que é mais difícil? Achar ou ter certeza? Qual seria a diferença entre essas duas palavras: achar e certeza?
Achar é um verbo (transitivo direto) e certeza um substantivo (feminino).
Independente do significado de cada uma, achar ou ter certeza por diversas vezes é um problema.
Academicamente falando quem acha é porque não estudou (burro – assim apontados, propositalmente, por mestres e alguns colegas arrogantes), logo, quem tem certeza... já sabe né?
Pior é na vida profissional. Quantas vezes você não ouviu do seu chefe: “tem certeza disso?”, aff!!! 99,89% das respostas começam pelo pseudônimo da convicção: “Eu acho...”.
Ou seja, profissionalmente, quando você responde “eu acho” só pode ser por dois motivos: Ou você se meteu o bedelho onde não foi chamado ou simplesmente você trocou os pés pelas mãos na execução daquele trabalhinho chato.
No convívio familiar definitivamente é o caos total. Ninguém nunca acha, todo mundo tem certeza! E tai, nesta instituição chamada família a certeza simplesmente não existe!! E por isso tantos conflitos. Como dizia o pastor da igreja que eu freqüentava: “é pai matando filho, filho matando pai...”. É um tal de “tenho certeza que vc mentiu para mim”, “tenho certeza que vc está me traindo”...
Todo mundo tem certeza que está certo... acabo de concluir que este é o grande motivos das guerras!! Posso achar muitas coisas, mas TENHO CERTEZA que se os homens tivessem menos certeza da certeza deles o mundo poderia ser um pouco melhor... ok, ok... momento de reflexão sobre os problemas da humanidade outro dia.
Agora voltando ao assunto centro deste blog: Achar e ter certeza.
A minha profissão exige sempre a certeza. Achar é sinônimo de dúvidas e de trabalho mal feito, mal apurado. Eu sou jornalista e, semelhante a um detetive, um jornalista só pode publicar aquilo que tem certeza. Jornalista só pode achar quando... quando não está publicando um fato, uma informação, um acontecimento.
Na veiculação da informação, a única coisa que ele não precisa ter certeza é quando se trata de dados quantitativos e mesmo assim ele vai se basear não pelo o que ele acha, mas sim pelo que as autoridades, policias, bombeiros, médicos acham. É com o achar do informante que o jornalista camufla sua incerteza. Bom exemplo é quando acontece alguma tragédia e não se sabe o número de vítimas.
Fora isso, achar é algo proibido ao jornalista. Na verdade, era.
Eu acho que com a febre dos blogs, o jornalista pode achar. Sim, ele pode dizer que não concorda com o governo porque acha que os programas sociais são muito assistencialistas e não promovem o crescimento pessoal dos beneficiados.
Também pode achar que, apesar do São Paulo ter sido Tri-campeão do Brasileirão não é hexa coisíssima nenhuma, já que o Tricolor Paulista não ganhou seis títulos consecutivos.
Blogs servem para isso! Servem para qualquer pessoa achar qualquer coisa. Servem principalmente para nós, jornalistas, os maiores escravos do 4º poder.
Dizem que o “achismo” é o lado pobre do pensamento. Para achar não são necessárias teorias, fundamentos, nada! É verdade, e daí? O achismo é uma arte – mal interpretada; e quase uma ciência – muito complexa (isso não passa de achismo meu).
O achismo só é perigoso quando, mesmo alguém PROVANDO que aquilo que você acha está errado e, ainda assim, você não deixa de achar. É o caso da velha história quando ainda se achava que a Terra era plana, que o sol girava em torno do planeta e outras tantas.
Para o meu achismo particular eu vou implementar uma regra: Eu acho, mas o que eu acho não é a verdade absoluta. Por isso, aceito os comentários contrário.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Promessa é dívida

02/01/2009, segundo dia do ano e primeira promessa de fim de ano cumprida! Ter um blog. Por quê? Para muitas vezes dizer o que eu acho e poucas vezes dizer o que tenho certeza.

Talvez eu não diga nenhuma, mas enquanto não tenho certezas, eu vou achando.